A disfunção temporomandibular (DTM), que também é conhecida como dor orofacial, é um acometimento da articulação temporomandibular (ATM) que pode ter origem crônicas ou não.
A articulação temporomandibular é responsável por conectar o osso temporal à nossa mandíbula e está presente em ambos os lados da nossa face, muito próxima ao ouvido, e é composta por musculatura, ligamentos e menisco.
Essa articulação é uma das mais complexas do corpo humano, pois é responsável por mover a mandíbula para os lados, para frente e para trás. Por isso, uma disfunção temporomandibular pode dar a sensação de que a mandíbula está saltando para fora, ou fazendo um estalo e, até mesmo, travando na hora de bocejar ou em um momento comum.
A causa dessa disfunção, geralmente, não pode ser identificada, mas a disfunção pode ser tratada. Além disso, entende-se como disfunção temporomandibular qualquer problema que impeça o correto funcionamento da ATM.
Causas
Mesmo não sendo possível identificar a causa da DTM, existem fatores que contribuem para que a disfunção apareça e, até mesmo, ajudam a perpetuar ou prolongar o problema. Entre esses fatores estão:
- trauma no local da articulação (quedas, boladas, impactos);
- traumas no rosto ou no pescoço;
- cirurgias de siso;
- entubamento para cirurgias e endoscopias;
- apertamento constante dos dentes;
- próteses mal adaptadas ou gastas;
- falta de dentes;
- mordida aberta ou cruzada;
- predisposição genética;
- hábitos como mascar chicletes e roer unhas/objetos;
- estresse emocional, etc.
Atualmente, a DTM já é considerada uma condição multifatorial, ou seja, o(a) paciente pode apresentar mais de um desses fatores que podem ser agravados por sua condição emocional. O estresse, por exemplo, está presente, em forma de tensão, em cerca de 85% dos casos.
Já condições como maloclusões (dentes fora da posição adequada), atualmente, são pouco consideradas como causas para a DTM, ideia que há muito tempo vinha sendo trabalhada. Hoje, as pesquisas científicas mostram que esse fator tem um papel muito pequeno nessa condição.
Sintomas
Já dentre os sintomas da disfunção temporomandibular estão:
- dores de cabeça na região da testa;
- dores no fundo dos olhos e nas têmporas;
- dores e zumbidos no ouvido;
- dificuldades ou dores para mastigar, principalmente, alimentos duros;
- tonturas e vertigens;
- desgaste dental excessivo;
- sensação de travamento na mandíbula;
- “clique” próximo à orelha na abertura e fechamento da boca;
- sensação de desencaixe da mandíbula;
- dor ao bocejar;
- flacidez dos músculos da mandíbula;
- mudança brusca na forma como as arcadas dentárias se encaixam;
- edema facial, etc.
Como nas causas, a condição multifatorial também se apresenta nos sintomas, ou seja, o(a) paciente pode apresentar vários desses sintomas ou apenas alguns isoladamente em momentos diferentes.
Tratamento
Existe uma grande variedade de tratamentos para a DTM que são indicados de acordo com cada caso e paciente.
Entre esses tratamentos, podemos considerar aqueles não-invasivos como:
- exercícios para aliviar a tensão da musculatura;
- manutenção da boa postura da mandíbula;
- diminuir a aplicação de força na mandíbula com a mudança de alguns hábitos, como ingerir alimentos mais macios, cortar os alimentos em porções menores e evitar marcar chicletes.
- alongamento e massagem na região da ATM;
- aplicação de calor e frio para auxiliar o repouso muscular e aliviar a dor;
- técnicas de acupuntura;
- aplicação de medicamentos prescritos pelo dentista;
- confecção de placa de bruxismo;
- uso de alinhador ortodôntico se o problema tiver relação com problemas de oclusão, como mordida cruzada e/ou aberta;
- utilização de Estimulação Elétrica Nervosa Transcutânea (TENS) para relaxamento dos músculos da face e suas articulações, etc.
A solicitação de exames de imagem, como radiografias e ressonância, pode ser feita para avaliar se existe alguma alteração anatômica que pode estar contribuindo para o problema. Isso é feito, especialmente, em casos mais severos em que o paciente tem sintomas crônicos que não melhoram com os tratamentos convencionais.
Vale ressaltar ainda que a taxa de casos severos de DTM, que necessitam de alguma intervenção cirúrgica, é muito baixa. A grande maioria dos casos pode ser tratada sem necessidade de procedimentos invasivos ou permanentes.
Ou seja, os tratamentos mais invasivos ou permanentes (que são os casos cirúrgicos e ortodônticos), geralmente são indicados somente após tratamentos não invasivos que costumam solucionar a grande maioria dos casos.
Para um correto diagnóstico da disfunção temporomandibular (DTM) e indicação do tratamento mais adequado, consulte seu dentista.
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