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Você respira pela boca? Conheça as consequências e problemas da respiração bucal

Você respira pela boca? Conheça as consequências e problemas da respiração bucal

10/09/2020

Muitas pessoas pensam que respirar pela boca é algo comum e que, geralmente, está ligado a obstruções nasais recorrentes. O que essas pessoas não sabem é que a respiração bucal é uma síndrome que pode desenvolver diversos prejuízos ao organismo e que, muitas vezes, esses prejuízos são irreparáveis.

O principal estágio da vida onde a respiração deve ser acompanhada é a infância, pois é quando ocorre boa parte do desenvolvimento físico do(a) paciente. Mas essas consequências duram a vida toda e, muitas vezes, podem ser tratadas.

Por isso, se alguém da sua família costuma respirar pela boca, acompanhe a leitura e saiba como atuar.

Por que as pessoas respiram pela boca?

Muitas vezes, a causa da respiração bucal é alguma obstrução nasal (parcial ou completa) causada por uma alteração orgânica. Isso pode significar, por exemplo, rinite, sinusite, bronquite, alergias em geral, desvio de septo, e hipertrofia das amígdalas e das adenoides (que são dois aglomerados de tecidos linfóide que ficam atrás do nariz e acima da garganta).

Segundo o Núcleo de Telessaúde NUTES, da Universidade Federal de Pernambuco, o mais provável é que a respiração bucal seja um hábito desenvolvido desde a infância. A sucção de chupetas e dedos, o uso de mamadeiras, a falta do aleitamento materno e, até mesmo, a posição do bebê no berço, podem colaborar com o desenvolvimento dessa síndrome.

As consequências da respiração bucal

Um estudo publicado na Revista Médica Nascer e Crescer, relaciona a respiração bucal com a deglutição atípica pela necessidade de baixar a mandíbula e pelo acompanhamento da língua para permitir a respiração.

Nesse caso, a deglutição atípica é uma patologia onde a língua e outros músculos bucais não realizam adequadamente a deglutição, o que pode acarretar problemas no desenvolvimento de crianças e adolescentes. É comum, ainda, que pressão que a língua exerce nos dentes incisivos centrais (da frente) e laterais desenvolva alterações nas arcadas dentárias como a mordida aberta, por exemplo.

A Faculdade de Otorrinolaringologia, da Universidade de São Paulo, cita alguns problemas que o(a) paciente respirador(a) oral costuma desenvolver.

Tosse crônica

É comum que pessoas que têm respiração bucal tenham tosse crônica, pois por ela não há o aquecimento e umedecimento adequado do ar inspirado, já que essas funções são desempenhadas pelas vias aéreas.

Problemas do sono

Os respiradores bucais ainda podem sofrer com hipersonolência diurna, alterações na fase REM do sono, sono agitado, enurese noturna (perda involuntária de urina ou, como conhecido popularmente, fazer xixi na cama), para citar só alguns problemas.

Postura

Na postura se notam hiperlordose cervical (um aumento na curvatura da coluna vertebral na região lombar, ou cervical) e projeção da cabeça para a frente.

Alongamento vertical da face

Os estudiosos afirmam ainda que esses pacientes tendem a ter um rosto mais alongado (comprido). Isso ocorre pela necessidade de diminuir a resistência do fluxo respiratório, e alargar a orofaringe. Há, desta forma, um remodelamento da estrutura óssea do paciente, através de uma pressão contínua exercida por músculos e tendões.

Esses são só alguns dos problemas causados pela respiração bucal. Muitos outros ainda envolvem os sistemas cardíaco e endócrino, por exemplo. Por isso, é tão importante a busca por tratamento.

Tratamento

Quanto mais cedo for diagnosticada a respiração bucal e antes se busque ajuda especializada, menos problemas de saúde o(a) paciente tende a desenvolver. Menor também é a chance de sequelas nos pacientes, pois algumas alterações anatômicas não são reversíveis, como por exemplo, o alongamento vertical da face.

Por isso, é essencial que, desde a primeira infância, os pais observem a respiração das crianças durante o dia e a noite. Se mesmo adolescentes e adultos apresentarem esse tipo de respiração, recomenda-se que busquem auxílio médico para que possam tratar essa síndrome e seus problemas.

É comum o envolvimento de otorrinolaringologista, fonoaudiólogo(a), alergista e ortodontista para o tratamento da síndrome, mas isso pode variar de acordo com a causa, desenvolvimento e sintomas dos pacientes. No caso da ortodontia, é comum o tratamento com aparelhos ortodônticos fixos e/ou móveis, já que a síndrome tende a desenvolver alterações oclusais e desalinhamento dental.

Você respira pela boca ou ainda tem alguma dúvida sobre a síndrome da respiração bucal?Então entre em contato com a Redeplus pelo WhatsApp para encontrar o melhor tratamento odontológico para respiração bucal, em Florianópolis!

Guilherme Pletsch

Especialista em Ortodontia e Ortopedia Facial, pós-graduação em Cirurgias Avançadas em Implantodontia e pós-graduação em Cirurgia Dento-Alveolar.

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