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Entenda como a saúde bucal e a saúde do seu corpo estão relacionadas

Entenda como a saúde bucal e a saúde do seu corpo estão relacionadas

14/08/2020

Você sabia que a saúde bucal influencia diretamente na saúde geral do seu organismo? Muita gente se engana ao pensar que a falta de cuidados com a higiene oral não traz outros problemas à saúde. A verdade é que ela influencia em alterações funcionais como a diabetes, a gravidez e as doenças do coração, por exemplo.

Por isso, hoje, a Redeplus explica como os cuidados diários com a saúde bucal estão relacionadas à sua saúde e por que eles precisam ser intensificados durante a pandemia do Coronavírus. Acompanhe a leitura e saiba como se prevenir!

Distúrbios relacionados à saúde bucal 

Um caso muito comum de doença gerada pela falta de cuidados com a saúde bucal é a endocardite bacteriana que afeta diretamente o coração. A gengivite não tratada colabora com a proliferação de bactérias causadoras da doença periodontal, e as bactérias desse processo inflamatório chegam à corrente sanguínea.

Cardiopatias

Uma vez aí, elas podem se aderir aos vasos sanguíneos e aumentar o risco de aterosclerose (artérias entupidas) e Acidente Vascular Cerebral (AVC). Se essas bactérias alcançam o coração, elas aderem a áreas lesionadas e o organismo inicia um processo inflamatório (a endocardite bacteriana) para contê-las.

Problemas na gravidez

Um estudo realizado na Universidade Federal de Minas Gerais, em 2011, relacionou a perda dentária durante a gravidez à falta de cuidados com a higiene oral e hábitos alimentares prejudiciais. Há quem pense que isso ocorre pelas alterações hormonais que o corpo passa durante a gravidez, mas isso só facilita o processo inflamatório da falta de cuidados. Por isso, a higienização precisa ser redobrada.

Atenção entre os diabéticos

Esse mesmo estudo ainda relata que os pacientes com diabetes são mais suscetíveis a desenvolver doença gengival avançada e doença periodontal. Essas doenças dificultam, então, o controle glicêmico e diminui ainda mais a imunidade do paciente. O desenvolvimento de doença periodontal pode levar ao surgimento de patologias cardíacas que os diabéticos já são suscetíveis.

Saúde bucal em tempos de Coronavírus

A Dra. Daniela Garbin Neumann, que atua na odontologia preventiva e estética da Redeplus, explica porque os cuidados precisam ser redobrados durante a epidemia do Coronavírus e qual a relação desses cuidados com a imunidade.

Ela tem  Mestrado e Doutorado em Odontologia na área de Saúde Coletiva pela UFSC, com estágio na Universidade de Toronto no Canadá, além de ser pós-graduada em Odontologia Estética  e especialista dontologia do Trabalho. A Dra. Daniela explica que independente do momento de pandemia, a higienização diária deve ser feita durante toda a vida porque é uma medida preventiva para as doenças que afetam nossa saúde bucal. Quando se fala em cuidado redobrado ou intensificado não significa escovar os dentes muito mais vezes, mas cuidar de aspectos que as pessoas, às vezes, ignoram no dia a dia.

Além da escovação após as refeições, a odontóloga cirurgiã-dentista reforça o uso do fio dental para alcançar os lugares em que a escova não consegue e retirar a placa bacteriana. Ela explica: 

“O acúmulo de placa bacteriana nos dentes, que ocorre quando não fazemos a higienização correta, acaba facilitando o depósito de bactérias que nós já temos normalmente na cavidade bucal. Essas bactérias podem ser oportunistas, pois trazem malefícios à saúde e, além delas, podemos encontrar também os vírus, inclusive o Coronavírus”. 

A escovação não pode ficar apenas nos dentes. A Dra. Daniela reforça a necessidade de escovar a língua, gengivas e bochechas, pois algumas pesquisas têm encontrado uma grande quantidade de vírus na língua. A especialista complementa:

 “a língua é um ambiente muito propício para a multiplicação de bactérias porque, se não fazemos a escovação, vamos mantendo restos alimentares ali. De modo geral, higienizar a língua contribui muito para uma higiene bucal completa e também reduz a possibilidade de mau hálito.”

Imunidade

Sobre a relação da saúde bucal com a imunidade, a Dra. Daniela explica que a boca é a porta de entrada para microorganismos que podem ser nocivos para a saúde. E as mãos são as principais responsáveis por isso:

“Por que se fala tanto de lavar as mãos? Não é porque o vírus vai ‘entrar’ pelas mãos, mas sim porque ao levar as mãos à boca, nariz e olhos, o vírus encontra ali as suas portas de entrada para o organismo. O que está bem ratificado pela ciência é que essas são as vias de contaminação principais.”

Por isso, a necessidade de cuidado constante no dia a dia, em meio à pandemia ou não.

A Dra. ainda explica que “a imunidade é o resultado de um conjunto de fatores sistêmicos do organismo: anticorpos, hormônios, vitaminas, a saúde em geral”. E que a boca pode nos apresentar alguns sinais de baixa imunidade: “O dentista não vai conseguir trabalhar nessa área, mas ele pode, a partir desses sinais, indicar que o paciente procure um médico para investigar”.

Com a imunidade baixa, o(a) paciente fica muito mais suscetível às infecções bacterianas e virais, por isso, é essencial que todos tenham atenção em realizar os cuidados básicos de higiene oral.

Nesse tempo de pandemia, a falta de higiene bucal ou relaxamento pode representar também uma maior predisposição às complicações da infecção. No caso em que o paciente foi contaminado pela COVID-19 e porventura precisar de intubação, há um sério risco de ocorrer, por exemplo,  a pneumonia por aspiração, causada por bactérias presentes na boca, principalmente na região dos molares. Ainda mais se o(a) paciente possuir comorbidades (doenças associadas). Por isso, garantir esses cuidados básicos é fundamental para nos ajudar a enfrentar esse momento.

Para mais recomendações de cuidados com a saúde bucal, siga a gente no Facebook e Instagram. Se você busca atendimento para saúde odontológica no Sul da Ilha, em Florianópolis, marque uma consulta com os especialistas da Redeplus por e-mail ou WhatsApp

Dra. Daniela Garbin Neumann

CRO/SC 5990 - Cirurgiã-dentista formada há 24 anos pela UFPR, tem mestrado e doutorado em Odontologia pela UFSC, na área de saúde coletiva - com estágio na Universidade de Toronto, Canadá. Pela sua tese de doutorado, foi premiada no Prêmio Capes de Tese 2015, e recebeu menção honrosa na Academia Catarinense de Odontologia.⠀ ⠀

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