Home > Blog >

Faceta ou lente de contato: entenda a diferença

Faceta ou lente de contato: entenda a diferença

24/02/2021

Quando um(a) paciente busca a harmonização estética do seu sorriso, é muito importante que se considere as condições atuais da sua saúde bucal para definir se o tratamento precisa ser invasivo ou conservador.

E na hipótese de boas estruturas dentárias, tratamentos conservadores são sempre as opções consideradas. Entre esses tratamentos, estão as facetas dentárias e as lentes de contato.

Se você não sabe como funcionam esses tratamentos, a Dra. Laurie Cristine Secco, explica as diferenças entre eles, indicações, benefícios e desvantagens.

A Dra. Laurie é formada em odontologia pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUCCAMP) e é especialista em dentística pela Universidade Federal de Santa Catarina. 

Hoje, ela compõe o time de especialistas da Redeplus e nos ajuda a responder às principais perguntas sobre facetas dentárias e lentes de contato.

Acompanhe a entrevista e descubra qual a melhor opção para o seu caso.

Dra. Laurie, o que são facetas dentárias?

As facetas dentárias são restaurações de espessura muito fina que, quando necessárias (em caso de restauração estética e funcional), são fixadas na face frontal dos dentes – o que chamamos face vestibular.

Essas facetas, que variam entre opções de resina composta e porcelana (cerâmica), podem corrigir problemas de cor, de função (no caso de dentes quebrados, por exemplo) e de dentes tortos.

Mas vale ressaltar que a correção de dentes tortos com facetas dentárias depende muito da angulação do dente. Em casos mais severos de angulação, o tratamento ortodôntico é a melhor opção para o(a) paciente.

Qual a melhor opção entre as facetas de resina e porcelana?

É difícil falar sobre uma opção ser melhor que a outra quando ambas apresentam vantagens e desvantagens.

Para um(a) paciente fumante, as facetas de porcelana (cerâmica) são, sem dúvida, a melhor opção, pois o cigarro tende a manchar a resina com o passar do tempo. Enquanto isso, a porcelana apresenta ótima estabilidade de coloração e polimento.

Mas, ao mesmo tempo, as facetas de porcelana exigem um mínimo desgaste do esmalte dental (por isso dizemos que é um procedimento minimamente invasivo). 

As facetas de resina, geralmente, não precisam desse desgaste, pois a resina se adere ao esmalte dental. Mas, em contrapartida, tem menor resistência e sofre desgaste com o passar do tempo.

No entanto, se o dente tem alteração de cor ou está torto, um resgate mínimo pode ser necessário. Caso a necessidade de faceta seja só para alterar a forma do dente, o desgaste não é necessário nesse tipo faceta.

A melhor opção sempre varia de acordo com os hábitos de vida do(a) paciente, sua higiene bucal, sua alimentação e condição financeira. Por isso, só uma visita ao cirurgião dentista consegue analisar todos esses fatores.

E o que são as lentes de contato?

As lentes de contato são laminados extrafinos que também são fixados nas faces frontais dos dentes para corrigir dentes lascados, pequenas anormalidades, descolorações, manchas etc.

Elas funcionam com o mesmo princípio que as facetas dentárias e, muitas vezes, chegam até a ser confundidas pelas pessoas. E isso não é um problema porque as lentes de contato funcionam como facetas, só que muito mais finas.

Qual a diferença entre as facetas e as lentes de contato?

Ambas podem ser confeccionadas em resina composta e porcelana, e são consideradas minimamente invasivas. As lentes de contato podem ser até nada invasivas, mas a grande diferença entre elas é a espessura.

Enquanto as facetas dentárias variam entre 0,7 milímetros(mm) e 2 mm de espessura, as lentes de contato variam entre 0,2mm e 0,5mm

No caso das facetas, o desgaste do esmalte dental é uma necessidade para a fixação do material. Já as lentes de contato, geralmente, não necessitam desse desgaste, o que torna o processo reversível se ele for feito em resina composta.

Em contrapartida, são necessárias condições ideais de nivelamento das faces dos dentes para que o tratamento alcance resultados estéticos e harmônicos.

Se o(a) paciente não tem essas condições, um desgaste mínimo ainda pode ser necessária. Mas nesse caso, o desgaste é muito inferior ao exigido pelas facetas.

Entre facetas e lentes de contato, qual a melhor opção?

Novamente não há como apontar que uma opção é melhor que a outra. Tudo depende das condições de cada paciente.

Se as condições de nivelamento das faces dos dentes são ideais, não há porque promover um desgaste maior do esmalte dental. Entretanto, se o(a) paciente busca corrigir um dente torto que é possível tratar através das facetas dentárias, as lentes de contato não dão conta de corrigir esse desnivelamento.

Geralmente, não há grande diferença de valor entre as duas opções, então essa escolha é mais baseada nas necessidades específicas dos pacientes.

Uma das maiores diferenças nesses procedimentos, além da espessura, é o material utilizado na confecção – se é resina composta ou porcelana.

Quais cuidados os pacientes precisam ter se utilizam facetas ou lentes de contato?

No geral, são os mesmos cuidados que já são necessários com os dentes naturais.

Recomenda-se sempre:

  • evitar roer unhas e morder objetos;
  • não usar os dentes para abrir embalagens em geral;
  • evitar alimentos muito duros como balas e milho de pipoca, por exemplo;
  • utilizar escova dental com cerdas macias;
  • utilizar fio dental todos os dias para evitar a formação de tártaro e placa bacteriana;
  • evitar o consumo de alimentos com alto teor de pigmentação;
  • e manter visitas regulares ao dentista a cada 6 meses.

Agende uma avaliação

Se você ainda tem qualquer dúvida sobre esse tema ou está procurando faceta, ou lente de contato no Sul da Ilha, ou em Florianópolis, agende uma avaliação conosco para descobrir qual o melhor tratamento para o seu caso.

Você pode agendar essa consulta pelo telefone (48)3307-3102 ou pelo nosso site.

Dra. Daniela Garbin Neumann

CRO/SC 5990 - Cirurgiã-dentista formada há 24 anos pela UFPR, tem mestrado e doutorado em Odontologia pela UFSC, na área de saúde coletiva - com estágio na Universidade de Toronto, Canadá. Pela sua tese de doutorado, foi premiada no Prêmio Capes de Tese 2015, e recebeu menção honrosa na Academia Catarinense de Odontologia.⠀ ⠀

Leia também